LATAM avalia voar para Rio Verde, mas aeroporto ainda não tem estrutura para receber jatos

LATAM avalia incluir Rio Verde na malha aérea, mas infraestrutura precária e falta de balizamento dificultam avanço


Rio Verde (GO) — A LATAM Airlines voltou a considerar Rio Verde como possível destino em sua malha aérea regional, especialmente após anunciar a aquisição de novas aeronaves Embraer 195 E2. A notícia gerou expectativa entre autoridades locais e empresários do agronegócio, mas a realidade do Aeroporto Municipal General Leite de Castro impõe sérias dúvidas sobre a viabilidade da operação. O terminal ainda enfrenta limitações técnicas, restrições da ANAC e não possui estrutura adequada para receber voos comerciais com jatos.

 

Infraestrutura insuficiente e reformas sem prazo definido

O aeroporto opera com restrições desde que a ANAC identificou falhas graves na segurança operacional, incluindo um incidente envolvendo duas aeronaves em agosto de 2024. Como resposta, a agência limitou a movimentação de aviões e exigiu uma lista de adaptações antes de liberar novas operações.

 

A Prefeitura informou que contratou uma empresa para elaborar o projeto de reforma, com prazo de entrega de 40 dias. Após isso, será realizada uma licitação para execução das obras. No entanto, não há previsão concreta para conclusão das melhorias, o que torna qualquer operação da LATAM altamente incerta.

 

Investimentos anunciados, mas execução lenta

Em agosto de 2025, foi divulgado um pacote de obras no aeroporto, com investimento de R$ 14,8 milhões, incluindo:

 

Reforma e ampliação do terminal de passageiros

Recapeamento da pista

Construção de taxiways

Instalação de balizamento noturno

Expansão do pátio de aeronaves

Adequação do cercamento de segurança

 

O prazo de execução é de 360 dias após a ordem de serviço, o que empurra qualquer possibilidade de operação robusta para meados de 2026, se não houver atrasos.

 

LATAM: no radar, mas sem confirmação

A LATAM confirmou que Rio Verde está entre as cidades avaliadas para expansão da malha aérea regional, mas não há data definida para início das operações. A companhia condiciona a decisão à entrega das novas aeronaves e à adequação dos aeroportos regionais. Ou seja, a operação em Rio Verde segue no campo da especulação, sem cronograma oficial ou garantias concretas.

 

Conclusão: expectativa versus realidade

A chegada da LATAM a Rio Verde seria um marco para o desenvolvimento regional, mas a infraestrutura precária, os riscos operacionais e a ausência de garantias tornam o cenário altamente incerto. A população e os investidores devem acompanhar com cautela os desdobramentos, evitando criar expectativas irreais. Por ora, Rio Verde está no radar da LATAM, mas ainda não está pronta para decolar.

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