Anápolis recebe seminário para discutir desenvolvimento regional

Evento será realizado no início da noite desta segunda-feira, 7 de outubro


Principal pólo industrial de Goiás, Anápolis recebe nesta segunda-feira (07) o segundo seminário do Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos. O movimento reuniu de forma inédita mais de 30 entidades dos setores empresarial, de trabalhadores, cultural, universidades e segmentos da sociedade civil para formular propostas para o crescimento econômico e social do Estado. O evento será realizado no auditório do Senai, na Rua Roberto Mange, Bairro Jundiaí, a partir das 18 horas, e contará com a presença de lideranças sindicais, do setor produtivo, do poder público e da academia.

A discussão em Anápolis se dará em torno de propostas para atrair mais investimentos para o município, as dificuldades estruturais e as oportunidades proporcionadas pela ampliação dos modais logísticos com a operação da ferrovia Norte-Sul. O primeiro seminário do Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos foi realizado em Rio Verde, no dia 30 de setembro, e debateu propostas para a ampliação da agroindústria, melhoria da infraestrutura e a qualificação da mão de obra do Sudoeste goiano.

A proposta do movimento é abordar nos seminários temas como inovação e tecnologia, meio ambiente, desburocratização, infraestrutura, crédito, incentivos fiscais, proteção social, mercado de trabalho e qualificação profissional, entre outros, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios e a competitividade do Estado. “Esse movimento é importante para que nós possamos avançar com propostas para ajudar Goiás nesse momento de dificuldades econômicas. Surgiu com a ideia de fazermos, junto com os trabalhadores, reuniões para que a gente pudesse ter melhores ideias, projetos, e levar ao governo para, aí sim, formatar algo que pudesse ajudar num plano de desenvolvimento”, afirma Otávio Lage Filho, presidente da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial)

“É um movimento muito interessante. Estamos trabalhando para facilitar novos empregos, trazendo novas empresas para movimentar nossa economia. Não adianta ficar reclamando, temos que ousar e trabalhar. É o que estamos fazendo percorrendo todo o Estado com essa aliança entre empresariado, trabalhadores e universidades”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, que cita algumas oportunidades que o Estado tem diante de si. “A operação da Norte-Sul, por exemplo, vai promover um grande salto logístico para Goiás e Anápolis será um dos municípios mais beneficiados. Temos que pensar e executar projetos para aproveitar isto ao máximo, potencializando os ganhos para a economia do nosso Estado”.

O movimento começou a ser formatado em maio, quando a Adial Goiás contratou pesquisas quantitativa e qualitativa para verificar os anseios dos goianos quanto à economia do Estado e a visão com relação aos incentivos fiscais. As pesquisas, feitas nos municípios mais industrializados do Estado, captaram um apoio de mais de 90% da população à adoção de políticas públicas que levem ao crescimento econômico, por meio da industrialização, incremento do comércio e do setor de serviços. O levantamento do Instituto Fortiori captou também uma preocupação muito grande da população com a estagnação econômica e o aumento do desemprego nos municípios.

“Estamos neste movimento porque ele é pró, a favor de uma causa. Não é contra ninguém. Nós precisamos deste tipo de ação neste momento de superação de crise. E as entidades envolvidas têm muita credibilidade e capacidade de contribuir com o Estado”, afirma Edward Madureira, reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG). 

“Temos uma grande oportunidade de somar forças para mostrar, inclusive, o potencial do Estado de Goiás para o restante do País, a qualificação do nosso pessoal e de participar da discussão de políticas governamentais que têm este intento”, diz Sandro Jadir, vice-presidente nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

O Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos contará com seminários em cinco municípios que são pólos econômicos regionais. Além de Rio Verde e Anápolis, Catalão, Goianésia e Itumbiara também vão receber as rodadas de discussões. O movimento será encerrado com um grande evento em Goiânia, em novembro, onde será fechada a carta de propostas para o Estado.

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