Criado em 2007 pelo Lifelong Kindergarten Group do MIT, o Scratch tem design atrativo para crianças e adolescentes e possui aceitabilidade generalizada por parte da comunidade

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Os conhecimentos de programação são cada vez mas necessários no nosso mundo contemporâneo, isso é claro. Contudo, as linguagens de programação mais utilizadas no desenvolvimento das ferramentas do dia-a-dia passam pelo estigma de serem incompreensíveis, e por isso, acabam afastando o público geral da busca por esse tipo de conhecimento. Afinal de contas, quem sabe o que é Python, C#, Java, C++ fora do campo da Ciência da Computação ou da Tecnologia de Informação?

Entretanto, a impressão que temos da programação não poderia estar mais distante da realidade atual. Há diversas ferramentas disponíveis para aproximar esses conteúdos não somente de adultos leigos, mas de crianças e adolescentes que possam se interessar pelo desenvolvimento tecnológico – que são, mesmo que ainda inconscientes do método, a grande maioria dos jovens. E uma das mais importantes linguagens para tornar esse conteúdo acessível é o Scratch.

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Criado em 2007 pelo Lifelong Kindergarten Group do MIT, o Scratch tem design atrativo para crianças e adolescentes e possui aceitabilidade generalizada por parte da comunidade, muito por não requerer qualquer conhecimento prévio de linguagens de programação. Por meio desta ferramenta, que é totalmente gratuita, os estudantes podem programar animações, jogos e programas interativos de forma lúdica e simplificada. A sua acessibilidade se dá porque o Scratch não se utiliza de linguagem textual: a programação se dá inteiramente por blocos, se assemelhando à montagem de um Lego.

O Scratch é também uma ferramenta de grande impacto no público jovem por utilizar-se de personagens animados e de um conteúdo próximo aos usuários, fazendo assim com que os novos programadores se sintam envolvidos com o conteúdo, ao invés de assustados ou desafiados ao ponto da desistência. Funciona assim: cada bloco contém uma instrução a ser dada aos personagens – por exemplo, “vire à direita ao tocar na borda”, “mova 10 passos”, “dê um grito ao pular”. É tarefa do programador organizar esses blocos da forma que preferir para que seu personagem obedeça aos seus comandos e ele possa, assim, desenvolver seu próprio jogo ou animação.

O catálogo de opções animadas, personagens e cenários do Scratch é bastante vasto, e sua utilização é simples e prática. Com ferramentas como essa, os programadores pelo mundo buscam acabar com a ideia de que este tipo de conhecimento é inalcançável para o público geral, encerrando de vez com a concepção generalizada de que um programador precisa ser um gênio para conseguir operar.

Todos os grandes programadores que conhecemos, como Bill Gates ou Mark Zuckerberg, começaram a programar muito jovens, realizando tarefas simples como organizar suas aulas por meio de um software ou fazer uma bolinha pular na tela. Não são necessários passos largos para se compreender os conceitos de programação, nem para ser capaz de desenvolver essa habilidade e utilizá-la de forma produtiva na sociedade. Com afinco nos estudos e afinidade com o que se está elaborando, o conhecimento de programação pode ser alcançado por quem quer que seja. E a idade, em tempos modernos como os nossos, não é empecilho para começar esta jornada.

Luiz Leão é bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Uberlândia. É também músico, empreendedor e aficionado por novas tecnologias. É diretor da codeBuddy Escola de Tecnologia em Rio Verde, voltada para o ensino de programação para crianças e adolescentes.

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