Resident Evil: um jogo de arrepiar

Game marcou época na história dos 'survival horrors'


Para mim, é fácil escrever sobre Residente Evil, uma das mais famosas franquias de games de todos os tempos. Entretanto, aos que me lêem aqui hoje, peço que ignorem completamente a série de filmes lançada com o mesmo nome. São o mais puro lixo. Não retratam em nada a série de jogos eletrônicos e possuem um roteiro de deixar indignada a mais ingênua criancinha fã da série.

O primeiro jogo da série foi lançado pela Capcom em 1997. Resident Evil no mundo inteiro, menos no Japão, onde o jogo, por um motivo que desconheço, ganhou o nome de Biohazard. A série começava com imagens captadas de atores reais, mostrando o início de tudo: um grupo de soldados de uma equipe de mercenários vai a uma mansão abandonada na fictícia cidade de Racoon investigar o que teria acontecido com os cientistas que lá trabalhavam. Na mansão, descobrem que os cientistas foram infectados com um vírus, e se transformaram em zumbis. Como é de praxe nessas situações, os zumbis têm um desejo especial por carne humana, e é dever dos jogadores matar os zumbis sem tomar nenhuma mordida infecciosa. Não bastasse isso, a mansão é recheada de enigmas e segredos que exigem do jogador uma boa dose de atenção, concentração e inteligência.

Resident Evil lançou o que viria a ficar conhecido como “survival horror”, tipo de jogo inspirado em filmes de terror. Em Resident Evil são freqüentes os sustos. Você abre uma porta e de repente lá está uma dupla de cães zumbis, prontos para lhe morder. O sistema de câmeras do jogo não ajudava muito, era difícil saber ao certo para onde ir e por onde ir, principalmente. Mesmo assim, o jogo foi sucesso absoluto de vendas e de crítica. Como acontece nestes casos, era óbvio que seria lançada uma sequência.

Pouco mais de um ano depois a Capcom lançava Resident Evil 2, um jogo com o mesmo motor de câmeras e animações, mas, ao invés de apenas uma mansão, com toda uma cidade a ser explorada. O jogador passava por escolas, necrotério e o laboratório da Umbrella, empresa que desenvolveu o vírus que faz animais se transformarem em zumbis. O jogo, ainda para o Playstation 1, era dividido em dois CDs, e garantia várias horas de diversão aos jogadores. Sustos também não faltavam. Os mais comuns eram no melhor estilo dos filmes de terror, a música baixava, criava-se um clima e então surgia um zumbi do nada gemendo estranhamente. Nessa época, morava em uma república estudantil fedorenta em Uberlândia, e tomava vários sustos jogando Resident Evil de madrugada.

A franquia hoje já se encontra no seu 5º jogo da série, já para o Playstation 3. os jogos que foram lançados na sequencia de resident Evil 2 perderam bastante o clima de suspense e de terror, focando muito mais na ação do que na inteligência e sobrevivência do avatar controlado pelo jogador. Mesmo assim, com os gráficos dos novos videogames, jogar Resident Evil em uma tela de 42 polegadas com cabo HDMI é uma experiência que vale a pena para qualquer apaixonado por game.

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