Grandes decisões precisam de informação, diz Glaustin sobre Sistema S

Deputado federal conduziu audiência pública na Câmara nesta quinta-feira, a fim de reforçar a relevância dos serviços corporativos na vida da sociedade


O Sistema S ainda tem espaço para informar mais a sociedade acerca do papel de suas nove entidades na educação básica, no ensino profissionalizante e na inovação tecnológica do Brasil, a fim de evitar ou reduzir os cortes de orçamento planejados pelo governo. O diagnóstico é do deputado federal Glaustin da Fokus (PSC-GO), que conduziu nesta quinta-feira (30) uma audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados (Cdeics), em Brasília.

“Propus esse debate para ajudar o Sistema S a chegar a um entendimento junto ao governo federal, com ganhos de produtividade em benefício da população”, disse Glaustin. “As especulações de corte nos trazem grande preocupação, mas acredito bastante no poder da informação. Como é que tomamos qualquer decisão? Na minha vida empresarial, aprendi que sempre precisamos ter dados na mão. Por isso, é necessário informar a sociedade a respeito de tudo que o Sistema S fez e faz pelo País. Reduzir gastos faz parte do cotidiano de todos. Porém, passar uma régua como um corte geral seria o pior dos cenários.”

Empresário e ex-aluno dos serviços Social da Indústria (Sesi) e Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), o deputado avalia que o trabalho das instituições transforma a mão de obra e movimenta a economia brasileira. “Minha origem está na indústria e no comércio. Por isso, senti na pele a importância do Sistema S. É quem apoia pequenos negócios em todo o País e quem apresenta soluções para empresas de diversos portes”, destacou.

Impactos
O diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, ressaltou a capilaridade territorial do Sistema S como uma ferramenta para “fazer um Brasil menos injusto”. Em 2018, o Sesi realizou quase 1,2 milhões de matrículas em suas 501 escolas e beneficiou mais de 3,5 milhões de pessoas com atividades de saúde e segurança. Já o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) fez 2,3 milhões de matrículas em formação profissional e prestou serviços tecnológicos a 19.749 empresas, por meio de suas 587 unidades fixas, 457 móveis e 189 laboratórios. Segundo Lucchesi, o Senai já capacitou 76 milhões de brasileiros em 28 áreas da indústria.

Na visão do presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Francisco Costa, enfraquecer o Sistema S atrapalharia o governo no objetivo de melhorar a mão de obra nacional. “Não serão gerados empregos a partir do corte de 30% ou 50% nas contribuições das empresas às entidades. O que gera emprego é crescimento e o desenvolvimento econômico. Isso não é um raciocínio lógico nem técnico”, comentou. “Só o setor de transporte gera 4,7 milhões de empregos, que precisam ser constantemente requalificados.”

De acordo com o vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Francisco Cavalcante, o Serviço Social do Comércio (Sesc) está presente em mais de 2 mil municípios de todos os estados brasileiros, com 587 unidades de atendimento fixas e 151 unidades móveis. A estrutura oferece aos trabalhadores e suas famílias bibliotecas, cinemas, consultórios odontológicos, colônias de férias, escolas, hospedagem, ginásios esportivos, parques aquáticos, teatros e restaurantes.

Já o palestrante do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Juarez de Paula, enalteceu o fato de que os pequenos negócios representam a quase totalidade dos empreendimentos do País. A instituição estima que o segmento responda por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

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