Trotes prejudicam serviços de emergência

Brincadeiras de mau gosto causam transtorno e podem causar perda de vidas


De acordo com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha 40% das pessoas que ligam no serviço público é trote. Segundo os artigos 266 e 340, do Código Penal, o trote é crime e pode gerar multa ou detenção de um a seis meses ou de um a três anos.

Fátima Gomes, coordenadora administrativa do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), diz que as crianças e os adolescentes são os que mais ligam para fazer esse tipo de brincadeira. “Isso causa um tumulto muito grande, porque atendemos 28 municípios aqui. E perdemos o tempo que deveria ser usado para chegar mais rapidamente a quem realmente precisa do atendimento”, afirma.

A coordenadora disse ainda que em um desses trotes absurdos, o homem conseguiu enganar a todos dizendo que estava preso em ferragens e necessitava de ajuda. “Foram deslocadas três viaturas para a cidade de Santo Antônio da Barra, e quando chegaram lá não tinha acontecido nada. Essa história foi a mais marcante”, conclui.

“As pessoas costumam ligar em horário de pico, entrada e saída das escolas. Acredito que a conseqüência disso seria o gasto do dinheiro público. A cada vez que se deslocam as viaturas para os locais dos possíveis acidentes, há gasto com a gasolina”, diz Blener Vieira, Sargento do Corpo de Bombeiros.

Trotes aos serviços públicos levam a gastos desnecessários, e em casos de emergência qualquer minuto perdido pode ser fatal. Muitas pessoas ficam ligando sem necessidade, ocupando a linha que poderia ser essencial para outra pessoa que precisa de socorro.

Pos Isabella Leão - Especial para o Rio Verde Agora

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