Detentos produzem milhares de máscaras por dia

Presos das Unidades Prisionais de Quirinópolis e Santa Helena recebem máquinas de costura para trabalhar contra a Covid-19


Sete máquinas para de costura para bordar máscaras, para auxiliar no combate ao novo coronavírus, foram disponibilizadas para a Unidade Prisional Regional (UPR) de Quirinópolis. Três para a de Santa Helena. Entregues na segunda-feira (27), os equipamentos serão manejados por cerca de 18 presos – 12 na primeira e seis na segunda. A expectativa é chegar a 3.500 produtos confeccionados por dia.

“O Estado de Goiás, por meio da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) tem desenvolvido diversas ações para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Dentre elas, a verificação dos possíveis cenários que o Estado poderia vivenciar no âmbito do sistema prisional”, explica o diretor-geral da entidade, coronel Agnaldo Augusto da Cruz. “Diante disso, projetamos um planejamento para desenvolver ações que possam minimizar esses efeitos dentro do cárcere”, continua.

Segundo informações da DGAP, os internos de Quirinópolis já produziam as máscaras – cerca de 2.000 por dia – em cinco máquinas que já estavam disponíveis no local. Com a chegada das novas, doadas por uma empresa local da iniciativa privada, o número chega a 12. Em Santa Helena, é esperado que a produção se inicie na próxima semana. Em ambos os casos, o critério adotado para a escolha dos trabalhadores é o tempo já cumprido da pena e o comportamento.

“Esses presos recebem remição da pena pelo trabalho, como determina a Lei de Execução Penal. Eles se sentem animados e úteis à sociedade pelo fato de poderem contribuir no combate à pandemia”, relata nota da diretoria. Além disso, o detento recebe remição da pena pelo trabalho prestado e é remunerado pelo Estado, como determina a Lei de Execução Penal (LEP). “O material produzido, com matéria prima adquirida pela DGAP e parceiros, é direcionado para a DGAP, a entidades assistencialistas e às forças da Secretaria de Segurança Pública”, continua a instituição.

De volta ao coronel Agnaldo Augusto, o mesmo informa que para a atuação dos presos nesta ação, foram seguidas as diretrizes do Governo de Goiás e da Secretaria de Segurança Pública. “Iniciamos a produção de máscaras em unidades prisionais, distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e o treinamento de equipes de servidores penitenciários com base nos protocolos de saúde definidos pelas autoridades sanitárias do Estado de Goiás”, conclui.

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